para lá das palavras e das máscaras
há solidões remissíveis
iníquas invejas
verdades omitidas
onde amora o medo
fora de cada um de nós
para lá dos actos e das ambivalências
há silêncios subservientes
onde nada se transforma ou
nasce
porque nada tem sentido
fora de cada um de nós
para lá das cátedras e dos doutos
há desertos permanentes
onde levitam
duendes
como anversos
fora de cada um de nós
são náufragos em viagem
e sem direcção assistida
naoto hattori